O transtorno de aprendizagem é de origem neurobiológica, os sinais são específicos e podem permanecer por toda a vida, porém com as intervenções adequadas os déficits começam a diminuir. Ele afeta a aprendizagem e o processamento de informações.
É importante não confundir o transtorno com a dificuldade de aprendizagem, pois eles têm causas diferentes.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais-5 (DSM-V), a origem do transtorno está no aspecto biológico, por se tratar de um transtorno do neurodesenvolvimento, inclui uma interação de fatores genéticos, epigenéticos e ambientais, o que influencia a capacidade do cérebro para processar ou perceber as informações verbais e não-verbais com exatidão.
Os transtornos de aprendizagem podem ser:
– Transtorno de leitura, também conhecido como dislexia – dificuldade de identificação no reconhecimento das palavras, decodificação e ortografia. Assim, podemos afirmar que se trata de um transtorno específico das habilidades de leitura.
– Transtorno de escrita – dificuldades voltadas à construção da ortagrafia e caligrafia.
– Transtorno de matemática, também conhecido como discalculia – está relacionado com a maneira que a criança associa o conhecimento com o mundo que ela está inserida. Esse transtorno pode estar combinado com o transtorno de leitura ou escrita.
Os transtornos não podem ser consequência de:
– Falta de oportunidade de aprender;
– Descontinuidades educacionais resultantes de mudança de escola;
– Traumatismos ou doença cerebral adquirida;
– Comprometimento na inteligência global;
– Comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos;
Acredita-se na origem dos Transtornos de Aprendizagem a partir de distúrbios na interligação de informações em várias regiões do cérebro, os quais podem ter surgido durante o período de gestação.
O desenvolvimento cerebral do feto é um fator importante para o processo de aquisição, conexão e atribuição de significados às informações, ou seja, da aprendizagem.
Assim, qualquer fator que altere o desenvolvimento cerebral do feto, facilita o surgimento de um quadro de Transtorno de Aprendizagem, que poderá ser identificado na fase escolar da criança.


